segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Sou forte. Meio doce e meio ácida. Em alguns dias acho que sou fraca. E boba. Preciso de um lugar onde enfiar a cara pra esconder as lágrimas. Aí penso que não sou tão forte assim e começo a olhar pra mim. Sou forte sim, mas também choro. Sou gente. Sou humana. Sou manhosa. Sou assim. Quero que as coisas aconteçam já, logo, de uma vez. Quero que meus erros não me impeçam de continuar olhando para a frente. E quero continuar errando, pois jamais serei perfeita. Tampouco quero ser comum e normal. Quero ser simplesmente eu. Quero viver, sorrir e chorar. Sentir friozinho na barriga, nó no peito, tremedeira nas pernas. Sentir que as coisas funcionam e que tenho que trocar de jeito quando insisto em algo que não dá resultado. Quero aprender e, ainda assim, continuar criança. Ficar no sol e sentir o vento gelado no nariz. Quero sentir cheiro de grama cortada e café passado. Cheiro de chuva, de flor, cheiro de vida. Aprecio as coisas simples e quero continuar descomplicando o que parece complicado. Se der pra resolver, vamos lá! Se não dá, deixa pra lá. A vida não é complicada e nem difícil, tudo depende de como a gente encara e se impõe. Quero ser eu, com minha cara azeda e absurdamente açucarada. Não quero saber tudo e nem ser racional.Quero continuar mantendo o meu cérebro no lugar onde ele se encontra: meu coração. E essa é a melhor parte de mim.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Passargadas

VOU EMBORA PARA PASSARGADAS

Transfigurada nostalgia,é meu dia-a-dia.
Tento me decifrar...sonho que domo palavras,para citar minhas lavras,sonoras,líricas,virtuoses de harmonia.
Há sombras em minhas insônias !
Imagino-me viajando para ¨ Passargadas ¨.Lá,as flores são pensamento das plantas.
Embelezam e perfumam.
As pessoas ousam plantar orquídeas,para tornar mais bela a vida.
Não há ruas esquecidas,estão coloridas com rosas vermelhas.
Somos herdeiros de mistérios,condenados a penar desenganos,neste avesso sem memória.
Só nos resta a companhia do medo.
Medo de viver.

(Vany Campos)

domingo, 8 de janeiro de 2012

Pra O Meu Consumo - Luiz Marenco



Têm coisas que tem seu valor
Avaliado em quilates, em cifras e fins
E outras não têm o apreço
Nem pagam o preço que valem pra mim

Tenho uma velha saudade
Que levo comigo por ser companheira
E que aos olhos dos outros
Parecem desgostos por ser tão caseira

Não deixo as coisas que eu gosto
Perdidas aos olhos de quem procurar
Mas olho o mundo na volta
Achando outra coisa que eu possa gostar
Tenho amigos que o tempo
Por ser indelével, jamais separou
E ao mesmo tempo revejo
As marcas de ausência que ele me deixou..

Carrego nas costas meu mundo
E junto umas coisas que me fazem bem
Fazendo da minha janela
Imenso horizonte, como me convém

Daz vozes dos outros eu levo a palavra
Dos sonhos dos outros eu tiro a razão
Dos olhos dos outros eu vejo os meus erros
Das tantas saudades eu guardo a paixão

Sempre que eu quero, revejo meus dias
E as coisas que eu posso, eu mudo ou arrumo
Mas deixo bem quietas as boas lembranças
Vidinha que é minha, só pra o meu consumo...

E Como Queria... =/



Eu queria ser a garota que nunca errou na vida, que pudesse estar em muitos lugares ao mesmo tempo, que trouxesse felicidade a todos que amo, que nasceu sabendo tudo, que pudesse acabar com todos os problemas do mundo, que pudesse fazer todas as pessoas do planeta mais felizes... Eu queria ser a Mulher que representa-se a vida a morte, o Deus e o Diabo, o amor e o ódio, a luz e a escuridão, a pergunta e a resposta, o medo e a coragem ao mesmo tempo...Eu queria ser a guria que pudesse sempre estar com os amigos por perto, que pudesse sempre ter a família por perto, uma pessoa que aparentasse ser normal mas que nem por um segundo fosse lúcido a ponto de ter uma vida normal, uma pessoa diferente de todos mas ao mesmo tempo parecido com todos...Eu queria ser a garota perfeita, que pudesse mudar tudo e todos para melhor, mas a vida nem sempre é do jeito que queremos, agora só me resta sonhar e aceitar a realidade como ela é, e eu como sou!