sexta-feira, 25 de junho de 2010

Fernando Pessoa

Não sei quem sou, que alma tenho.
Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo.
Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)...
Sinto crenças que não tenho.
Enlevam-me ânsias que repudio.
A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta
traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha,
nem ela julga que eu tenho.
Sinto-me múltiplo.
Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos
que torcem para reflexões falsas
uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas.
Como o panteísta se sente árvore (?) e até a flor,
eu sinto-me vários seres.
Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente,
como se o meu ser participasse de todos os homens,
incompletamente de cada (?),
por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço."

(Fernado Pessoa)

quarta-feira, 23 de junho de 2010

de um amigão...


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Eu só quero que você saiba
Que estou pensando em você
Agora e sempre mais
Eu só quero que você ouça
A canção que eu fiz pra dizer
Que eu te adoro cada vez mais
E que eu te quero sempre em paz

Tô com sintomas de saudade
Tô pensando em você
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

Eu só quero que você caiba
No meu colo
Porque eu te adoro cada vez mais
Eu só quero que você siga
Para onde quiser
Que eu não vou ficar muito atrás

Tô com sintomas de saudade
Tô pensando em você
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

ASS. Lula

segunda-feira, 21 de junho de 2010

amor

Um amor sem fim
Sem limites, sem pensar
Você me fez amar
Me fez acreditar
Num amor sem fim
Minha vida agora
É pensar em você
Andar por aí,
sem rumo a espreitar
O céu, a terra e o mar
Em tudo que vejo
Relembro nós dois
Os nossos momentos
Jamais esqueci
Mesmo sem querer
Você está aqui
No céu, na terra e no ar
Por isso, agora,
preciso dizer
O que sinto, enfim:
Eu amo você
E, é um amor sem fim!

Tudo certo - Gabriel o pensador

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Lua !

“Lua eterna parceira dos fatos
em cada noite companheira dos meus atos
observadora de minhas tristezas e ais
abriga-me nos teus braços frios
traz-me a companhia dos assobios
dos morcegos que em teu breu vagueiam
de um lado a outro riscando o céu!
Sempre te procurando nas noites vagueio
aprisionar-me em tua alma é meu anseio
No brilho da lua feito de sonhos e de amor.”

domingo, 6 de junho de 2010

Mais uma vez...


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Mais Uma Vez
Jota Quest

Te tenho com a certeza
De que você pode ir
Te amo com a certeza
De que irá voltar
Pra gente ser feliz
Você surgiu e juntos
Conseguimos ir mais longe

Você dividiu comigo a sua história
E me ajudou a construir a minha
Hoje mais do que nunca somos dois
A nossa liberdade é o que nos prende

Viva todo o seu mundo
Sinta toda liberdade
E quando a hora chegar, volta...
Que o nosso amor está acima das coisas...desse mundo


Vai dizer que o tempo
Não parou naquele momento
Eu espero, por você
O tempo que for
Pra ficarmos juntos
Mais uma vez!

(...)

Não parou naquele momento
Eu espero por você
O tempo que for
Nós vamos estar juntos
Estar juntos
Mais uma vez

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Amor é fogo que arde sem se ver

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Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís Vaz de Camões

Silêncio, Nostalgia...

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Silêncio, nostalgia...
Hora morta, desfolhada,
sem dor, sem alegria,
pelo tempo abandonada.

Luz de Outono, fria, fria...
Hora inútil e sombria
de abandono.
Não sei se é tédio, sono,
silêncio ou nostalgia.

Interminável dia
de indizíveis cansaços,
de funda melancolia.
Sem rumo para os meus passos,
para que servem meus braços,
nesta hora fria, fria?

Fernanda de Castro, in "Trinta e Nove Poemas"

quarta-feira, 2 de junho de 2010

...Dormir no colo da lua

Hoje
acordei com saudades
De voar na imensidão de mim mesma...
E entre meus guardados,
Procurei minhas asas.
Houve um tempo em que

voava,
E me perdia numa estranha alegria
Escutando o vento.
Agora outra vez...
Pelo céu quero voar,
E por sobre a muralha dessa vida,
Construir meu momento.
Sem medo,
Deixar-me envolver na mais doce loucura
Lançar-me nesse vazio,
E absorver o silêncio profundo e vasto
Que me dá todas as respostas
Hoje quero voar...
Libertar o coração das amarras,
Deixa-lo livre
Para desvendar os horizontes
Desvanecer no espaço.
Esconder-me do mundo fazer parar o tempo...
Viver o sonho mais sonhado.
E num ato encantado,
dormir, no colo
da lua.

Glória Salles